quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Elephant Gun




Simplesmente espetacular!

Presente de um Beija-Flor



Mormaço

Está lá ao deus dará
Na costa da Paraíba
Na barcaça em Propriá
Na ferrugem nessa trilha
Não circula nem o ar
No mormaço da miséria
Quem luta pra respirar
Sabe que essa briga é séria
Dá um laço e lança o sal
Passa ao largo em João Pessoa
Tece a vida por um fio
Desce ao rio e fica à toa
Dentro ou distante do mar
Num país tão continente
Tanta história pra contar
Nas quais se conta o que se sente
De onde foge, pra onde vai
Nesta vertigem de cores
O que falta e o que é demais
Quais seus mais ricos sabores
Dá um laço e lança o sal
Passa ao largo em João Pessoa
Tece a vida por um fio
Desce ao rio e fica à toa
Por ti tento acender
Outra luz em nossa casa
Lembro que sempre sonhei
Viver de amor e palavra





Tudo bem



Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
Ou quantas atirei
Tanta farpa tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é "so easy" se viver
Hoje eu não consigo mais me lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão
Eu já deixei
Tantos bons quanto maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão
Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
É encostar no seu peito
E se isso for algum defeito
Por mim tudo bem
tudo bem


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ave Maria








Ave Maria
Virgem concebida de graça
Rogai pelos teus filhos
Pecadores do mundo!
O Senhor altíssimo
Ao teu lado, sei que está!
Bela e pura, sois bendita
Ó Mãe , entre as mulheres
E divino é o teu ventre
Mãe do Senhor Jesus

Santa Maria
Genitora do Filho do Homem
Intercedei por nós
Sagrada mulher
Piedosa clemência
Ave repleta de graça
Virgem Santíssima
E Mãe da fé.

Pela vontade do Pai,
Que assim seja!

Por José Lucas Martins


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ela


A metade. Seria? Talvez! Ou melhor, completo. Completamente arrebatador.
Ela, bela moça de longos cabelos escuros, olhos cor de sedução, boca expressivamente tentadora, rosto redondamente afilando meu olhar que se estreita para proteger minhas retinas tão frágeis a tanto brilho de sua pele da cor de todos os sete pecados, dirá sete mandamentos de prazer, de encanto, de paixão.
Ofegante meu peito, sufocado meu pulmão, apenas um, o outro não resistiu a tanta atmosfera que lhe aprisionou e não o deixou mais se abranger, fugir, dar licença ao coração que de tanto crescer, mais parecia um grande compressor, bomba transpositora de amor líquido que ameaçava explodir em um ritmo incessante de batimentos. Corrente de paixão que alimenta as células do meu corpo já mole de forças. Coragem homem!
Acredito-me que tocar-te seria mais que estimular o tato macio, deslizante, sedoso, enfim, gostoso de tuas bochechas róseas de sangue quente, fervente, pulsante. Tuas mãos desenhadas e milimetradas pelo Criador, tão sensíveis. A velocidade do teu perfume, suave doce, que logo chega aos meus ares, anseia minhas narinas que se afoitam, arregalam-se, sentem o cheiro do arrepio que corre desenfreado pela minha pele, agora completamente encharcada de tanto suar frio por estar simplesmente ao lado teu.
Simplesmente? Diria que não. Complexamente física tua presença, filosoficamente difícil de descrever. Ousadamente, difícil de encarar, quando ponho em vista esse homem que é total dependente do cheiro, do olhar, da presença de uma mulher. Não qualquer mulher: ela.


Por José Lucas Martins

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dever de sonhar


Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.

Fernando Pessoa




Sonhe. Tira literalmente seu pés do chão! Busque seus ideais!